maio 26, 2005

Algo que me preocupa, "o Défice"

"Em qualquer manual de Economia podemos ler que o défice existe quando as receitas do orçamento são ultrapassadas pelo total das despesas. Ao total dos défices acumulados chamamos de dívida pública.
Em geral, os défices orçamentais são justificados por duas razões: a estabilização macroeconómica e a necessidade de realizar um investimento extra para além dos benefícios presentes.
Quando a economia começa a crescer menos, os impostos também travam a sua taxa de crescimento dando algum espaço aos agentes para se adaptarem e devolver algum do seu poder de compra. Se pensarmos num orçamento inicialmente equilibrado e numa economia em recessão, temos automaticamente um défice.
A questão que se pode colocar, é de se o Estado deverá promover a estabilidade macroeconómica e se é o agente mais bem colocado para desempenhar tal função. Até por volta das década de 30, a maioria dos economistas defendia a neutralidade do Estado face aos ciclos económicos e que as forças naturais do mercado corrigissem a situação.
No entanto, o aparecimento das teorias Keynesianas argumentaram de forma contrária, defendendo que o Estado deveria ter uma atitude de forma a «suavizar» os ciclos: não deixar que a expansão tomasse a euforia de forma a acabar numa profunda recessão; não deixar que uma recessão se prolongasse muito.
É preciso, para diminuir o défice, um aumento das receitas e por vezes uma diminuição das despesas. Este Governo irá aplicar medidas em ambas as vertentes.
O défice surge, assim, nos períodos mais difíceis da conjuntura económica, situação vivida agora em Portugal. Os quase 7 por cento de défice das contas públicas configuram uma crise financeira grave.
Em Portugal, o défice tem vindo a aumentar desde 1995, ano a partir do qual todos os países europeus deram início a um processo de redução do peso do Estado nas respectivas economias nacionais.
Entre 1996 e 2001 ¿ no chamado período das «vacas gordas» ¿o Estado, que já estava gordo, engordou ainda mais, explicou Eduardo Catroga ao jornal A Capital.
Em 2002, passámos a uma situação de recessão afirma o ex-ministro de Cavaco Silva. Em 2003, depois de um fraco crescimento económico, não existia riqueza compatível para o nível da despesa pública entretanto criado.
E o défice foi-se avolumando. As medidas que vão agora penalizar a Função Pública e que foram esta quarta-feira apresentadas pelo primeiro-ministro para combater a actual situação orçamental vão reduzir o défice das contas públicas de 6,83 para 6,2 por cento do PIB ainda este ano.
O PSD considerou este valor «pouco ambicioso». «Vale a pena introduzir estas medidas para uma redução destas?», questionou o deputado social-democrata Hugo Velosa.
José Sócrates já tinha adiantado, no discurso inicial do debate mensal esta quarta-feira na Assembleia da República, que o Governo pretendia cumprir os 3 por cento exigidos pela União Europeia apenas ao fim de três anos. O objectivo do Executivo «não é fingir que reduzimos o défice em apenas um ano para um nível abaixo dos 3 por cento».

(informações retiradas de estudos sobre teorias keynesianas)"

in www.portugaldiario.iol.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

ah...?!?!?!?!?!

qjksdhfkwejhsdnbv?

;|